Influência do Fast-Food na cultura alimentar mexicana

Autores

  • João Guilherme Carvalho de Freitas Instituto Federal do Ceará
  • Rodrigo Rossetti Veloso Instituto Federal de Pernambuco
  • Gisele Estevão de Lima Instituto Federal de Pernambuco - IFPE
  • Neide Kazue Sakugawa Shinohara Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE

DOI:

https://doi.org/10.53660/CONJ-795-D09

Palavras-chave:

México, Fast-Food, Cultura, Alimentação, Gastronomia

Resumo

Este estudo promoveu um levantamento de informações sobre a interferência do consumo crescente do fast food na alimentação mexicana. De acordo com resultados obtidos, a população mexicana valoriza sua cultura e preserva seus ingredientes naturais e técnicas culinárias adquiridas ao longo de sua história. Entretanto, no decorrer da historicidade Mexicana e em contato com outras culturas ocidentais, temos hoje um comportamento de consumo conhecido como fast food, fato que se deve à urbanização em grande escala nos grandes centros urbanos. O aumento das horas de trabalho, o afastamento da mulher no cuidado doméstico e a falta de tempo para o preparo de alimentos são alguns dos fatores responsáveis por esse fenômeno universal. A população vem consumindo de maneira alarmante alimentos de fácil consumo, que na sua maioria são ricos em gorduras, açúcares e substâncias químicas tóxicas e pobre em nutrientes essenciais, hábito alimentar da atualidade que causam problemas de saúde, como a obesidade e o sobrepeso. A modernização da sociedade mexicana associada à grande influência da alimentação fast food causa interferência no modo de vida do povo mexicano, desconstruindo sua cultura alimentar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AGUILERA, M. Á. D. Presentación de la Estrategia Mexicana para la Prevención y Control del Sobrepeso, la Obesidad y la Diabetes. Revista Cubana de Alimentación y Nutrición, v. 30, n. 2, p. 9, 2022.

ALCANTAR, J. A. G.; RAMÍREZ, M. F. Q. Tendencias de la migración interna de la población indígena en México, 1990-2015. Estudios demográficos y urbanos, v. 33, n. 2, p. 327-363, 2018.

ATLAS NATIONAL GEOGRAPHIC 6 - America do Norte e Central. ISBN-13:978-8536404080. 2008.

ÁVILA, R.; TENA, M.; OCEGUEDA, M. La procesión de las espigas. Food, Imaginaries and Cultural Frontiers. Essays in Honour of Helen Macbeth. Guadalajara: Universidad de Guadalajara. Colección Estudios del Hombre, v. 24, p. 233-253, 2009.

AYORA-DIAZ, S. I. Processed Modernity: Cooking Ingredients and the Materiality of Food. Studia Alimentaria, v. 1, n. 1, p. 13-35, 2022.

CANCLINI, N. G. A globalização imaginada. Editora Iluminuras Ltda, 2003.

CANESQUI, A. M.; GARCIA, R. W. D. Antropologia e nutrição: um diálogo possível. Editora Fiocruz, 2005.

CHALLENGER, A.; SOBERÓN, J. Los ecosistemas terrestres. Capital natural de México, v. 1, p. 87-108, 2008.

CORONA, S. B. Les livres de recettes «francisés» au Mexique au XIXe siècle. La construction de la nation et d’un modèle culinaire national. Anthropology of food, n. S4, 2008.

DUARTE, L. F. D.; LEAL, O. F. Doença, sofrimento, perturbação: perspectivas etnográficas. Editora Fiocruz, 1998.

ESPINOZA-ORGANISTA, D.; OCEGUEDA, S.; AGUILAR, C.; FLORES, O.; LLORENTE-BOUSQUETS, J. El conocimiento biogeográfico de las especies y su regionalización natural. Capital Natural de México, 1, 33-65. 2008.

ESPINOZA, A. L.; MORENO, A. G. M.; URIARTE, P. J. L.; KATZ, M. T.; GALLARDO, A. C. E.; PESCE, V. H. D.; DÍAZ, M. L. B. México obeso: actualidades y perspectivas. Editorial Universidad de Guadalajara. 2020.

FERRUSQUÍA-VILLAFRANCA, I. Geología de México: una sinopsis. Diversidad biológica de México: orígenes y distribución (pp. 3-108). Ciudad de México: Instituto de Biología, UNAM. 1998.

Freixa, D.; Chaves, G. Gastronomia no Brasil e no Mundo. São Paulo: Senac, 320p. 2017.

GALLIAN, D. M. C. A desumanização do comer. estudos avançados, v. 21, p. 179-184, 2007.

GERMANO, P. M. L.; GERMANO, M. I. S. Higiene e Vigilância Sanitária de alimentos. 6° ed. São Paulo: Manole, 896p. 2019.

GÓES, J. Â. W. Fast-food: um estudo sobre a globalização alimentar. SciELO-EDUFBA. 2010.

LÓPEZ, J. Nacionalismo culinario: Hacia una historia de la cocina mexicana en el siglo XX. Escuela Nacional de Antropologia e Historia, 2004.

KATZ, E. Alimentação indígena na América Latina: comida invisível, comida de pobres ou patrimônio culinário?. Espaço Ameríndio, v. 3, n. 1, p. 25, 2009.

MCCOLL, R.W. Encyclopedia of Word Geography, v.1, Golson Books. 2005.

MINTZ, S. W. Comida e antropologia: uma breve revisão. Revista brasileira de ciências sociais, v. 16, n. 47, p. 31-42, 2001.

MONTANARI, M. O Mundo na Cozinha: História, Identidade e Trocas. São Paulo: Estação Liberdade, 2009.

MONTANARI, M.; FLANDRIN, J. L. História da Alimentação. São Paulo: Estação Liberdade, 888p. 2003.

MORRONE, J. J. Biogeographic regionalization and biotic evolution of Mexico: biodiversity's crossroads of the New World. Revista mexicana de biodiversidad, v. 90, 2019.

PALACIOS-POLA, G.; PERALES, H.; LUGO, E. I. E.; FIGUEROA-CÁRDENAS, J. D. D. (2022). Nixtamal techniques for different maize races prepared as tortillas and tostadas by women of Chiapas, Mexico. Journal of Ethnic Foods, 9(1), 1-10.

PENNINGTON, T. D.; SARUKHÁN, J. Árboles tropicales de México: manual para la identificación de las principales especies. UNAM, 2005.

QUARTIERI, C. H.; BUENO, S. M. Contaminação microbiológica x boas práticas de fabricação (bpf) em alimentos fast-food. Revista Científica, v. 1, n. 1, 2021.

RIEGEL, V. A cultura global e o consumo do território transnacional de mcdonald's: um estudo comparativo entre brasil e méxico. Revista Administração em Diálogo, v. 11, n. 1, 2009.

RODRÍGUEZ, J. F. G.; RAMÍREZ, A. A.; PÉREZ, L. M.; MEZA, J. R.; RAMOS, R. R. Relación entre la innovación y la productividad laboral en la industria manufacturera de México. Investigación operacional, v. 40, n. 2, p. 249-254, 2019.

SÁNCHEZ-COLÓN, S.; FLORES-MARTÍNEZ, A.; CRUZ-LEIVA, I. A.; VELÁZQUEZ, A. Estado y transformación de los ecosistemas terrestres por causas humanas. Capital natural de México, v. 2, p. 75-129, 2009.

SANTOS, M. C. L.; FURTADO, A. F. T. L.; SHINOHARA, N. K. S. Avaliação da rotulagem de flocos de milho pré-cozidos do tipo “Flocão”. Journal of Environmental Analysis and Progress, p. 257-265, 2019.

SMITH, L.; BARNETT, Y.; LÓPEZ-SÁNCHEZ, G. F.; SHIN, J. I.; JACOB, L.; BUTLER, L.; KOYANAGI, A. Food insecurity (hunger) and fast-food consumption among 180 164 adolescents aged 12–15 years from sixty-eight countries. British Journal of Nutrition, v. 127, n. 3, p. 470-477, 2022.

SUÁREZ, R. F.; CHÁVEZ, L. A. M.; MARISCAL, A. G. Importancia de los maíces nativos de México en la dieta nacional: Una revisión indispensable. Revista fitotecnia mexicana, v. 36, p. 275-283, 2013.

SUREMAIN, C.; KATZ, E. Introdução: modelos alimentares e recomposições sociais na América Latina. Anthropology of food, n. S6, 2009.

TREJO, I. (2010). Las selvas secas del Pacífico mexicano. Diversidad, amenazas y áreas prioritarias para la conservación de las selvas secas del Pacífico de México (pp. 41-51). Ciudad de México: Fondo de Cultura Económica.

VELOSO, R. R.; SHINOHARA, N.K.S.; PADILHA, M.R.F.; MATSUMOTO, M. Construção da Cultura Alimentar Mexicana. Contextos da Alimentação–Revista de Comportamento, Cultura e Sociedade, v. 7, n. 2, 2019.

WU, Y.; WANG, L.; ZHU, J.; GAO, L.; WANG, Y. Growing fast food consumption and obesity in Asia: Challenges and implications. Social Science & Medicine, v. 269, p. 113601, 2021.

Downloads

Publicado

2022-03-25

Como Citar

Freitas, J. G. C. de, Veloso, R. R. ., Lima, G. E. de, & Shinohara, N. K. S. (2022). Influência do Fast-Food na cultura alimentar mexicana. Conjecturas, 22(2), 1036–1050. https://doi.org/10.53660/CONJ-795-D09

Edição

Seção

Outros artigos e publicações